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A acolhedora Vila Boim foi Palco do V Festival Taurino de Beneficência desta vez a favor da Paróquia da terra.
No largo que envolvia a praça e a festa, estavam expostos bonitos Churreões e Carroças dos Romeiros, que foram restauradas ao longo dos tempos.
Depois de um agradável almoço onde várias figuras ligadas ao mundo dos toiros marcaram presença, deu-se início ao espetáculo.
Com um cartel de gente jovem e promissora, estava dado o mote para uma tarde de toiros muito interessante.
Abriu praça o cavaleiro Manuel Lupi, para lidar um toiro da Ganadaria José Samuel Pereira Lupi (de encaste Murube-Urquijo).
Um toiro muito pouco colaborante, mas que o cavaleiro com determinação e garra, deu a volta. Cravou bons ferros e rematou a sua lide com um ferro de palmo.
Os Forcados que compunham o grupo presente neste festival de beneficência, eram de vários grupos, Montemor, Évora, Aposento da Moita, Aposento da Chamusca, Monforte e Académicos de Elvas.
O primeiro a dar cara ao toiro, pertence ao Grupo de Montemor, Luís Valério (sobrinho de uma grande referência na nossa forcadagem, Paulo Pessoa de Carvalho). Uma grande Pega onde Luís Valério se agarrou à barbela e aguentou fortes derrotes do toiro, tendo consumado à primeira tentativa.
Seguiu-se o Cavaleiro Praticante Soller Garcia para lidar um toiro da Ganadaria Sommer de Andrade (de encaste Parladé). Um toiro um pouco distraído mas a cumprir no geral.
Menos bem na cravagem da ferragem comprida, mas melhor nos curtos. Alguns ferros de boa nota. Rematou a sua lide com dois ferros de palmo.
Desta vez, foi Afonso Mata dos Amadores de Évora que pegou. Não se fechou bem na cara do toiro, o que não o deixou aguentar um derrote mais forte. Terá consumado a pega apenas ao terceiro intento.
 
Tempo de Toureio apeado.
Para Lidar um novilho da Ganadaria Torre D’Onofre (de encaste Domecq) João Augusto Moura abriu a parte do toureio apeado. Um novilho de boa apresentação, a cumprir, mas fraco de mãos.
Com bonitos lances de capote e muito bem na muleta, tanto com a mão esquerda como com a direita. Sofreu um pequeno percalço, felizmente sem consequências, e que não tirou qualquer mérito à sua Lide.
João Augusto Moura, está definitivamente num bom momento. 
Ginés Marín novilheiro praticante da escola toureio de Badajoz, lidou um novilho da Ganadaria Herdeiros de Conde Cabral (encaste Parladé), bom novilho, a cumprir, mas mais um novilho com falta de força nas mãos.
O novilheiro mostrou bons momentos de capote, mas sentimos que estava muito inseguro na muleta.  Temos Toureiro, mas com muito trabalho pela frente.
“El Juanito” novilheiro Português, (Monforte)  aluno da escola de toureio de Badajoz, chegou com ganas de triunfo e de mostrar ao público que o apoiava, que está crescido e seguro de si. Lidou um novilho da recente ganadaria Calejo Pires (encaste Nuñez del Cuvillo)  e mostrou que sabe o que quer e o que faz! Muito bem com o capote e muito bem com a muleta. 
Pequeno percalço quando o novilho coloca o piton esquerdo por fora da sua perna e levou uma voltareta, mas nada que o amedrontasse, pois continuou a sua lide sem mostrar receios. Um Grande Olé para Juanito.
Voltando ao toureio a Cavalo, esta  foi a vez de  David Gomes, o cavaleiro praticante de quem se fala! E com todo o mérito.  
David está muito mais maduro e nota-se um grande progresso da temporada transata para a actual. O cavaleiro discípulo do Mestre Jorge D’Almeida está confiante e seguro e sempre com ganas de triunfo (conseguidas, quanto a nós).
Coube-lhe em sorte, um toiro da Ganadaria Herdeiros Lopes Branco (de encaste Pinto Barreiros e Parladé/ Tamaron - Atanásio) um toiro imponente, bem apresentado e que cumpriu como se espera de um toiro bravo.
David esteve regular na ferragem comprida e muito competente e entregue na ferragem curta. Cravou no final da sua lide (como vem sendo seu apanágio) um muito bom par de bandarilhas.   
David está num bom momento.
Pelos forcados, foi a vez de João Morais do Aposento da Moita, que consumou uma bonita e bem executada pega.
Para fechar esta agradável tarde, Álvaro San Emitério. O rejoneador espanhol  enfrentou um toiro da Ganadaria de Canas Vigouroux (de encaste Cabral Ascensão e Simão Malta), não sendo um toiro imponente, cumpriu como devia. O rejoneador mostrou-se inseguro no início da sua lide, mas foi evoluindo com o decorrer da mesma. Cravou bons ferros ao estribo como manda a regra e chegou ao público com a garra e determinação de quem tem vontade de chegar longe.
Na última pega da tarde, Rui Salgueiro do Aposento da Chamusca, foi valente numa pega executada à segunda tentativa, onde já se agarrou com alma á barbela do toiro. Tendo saído lesionado, foi João Salgueiro, também ele do Aposento da Chamusca, quem acompanhou Álvaro San Emitério na merecida volta à arena.

 

Maria Mil-Homens

CRÓNICA DO FESTIVAL

GALERIA DO V FESTIVAL DE VILA BOIM

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