Ontem foi dia de toiros na principal praça do Pais, o Campo Pequeno! Com uma praça composta, sentia-se e vivia-se um bom ambiente. Existia afición! Não vimos presentes, infelizmente, alguns dos aficionados que “ornamentam” algumas praças do Norte a Sul do Pais. Ontem não vieram prestigiar com a sua presença o futuro do toireio. Contudo, os que responderam afirmativamente à chamada e estiveram, não foram defraudados. Presenciaram um espetáculo sério e com jovens artistas dedicados e empenhados.
Um curro de novilhos “ Paulo Caetano”, bem apresentado e que satisfez as expetativas do público e dos seus intervenientes. Uma nota de louvor para o ganadeiro!
Abrilhantava a novilhada a Banda Filarmónica da Nazaré. Desempenhou funções de diretor de corrida Manuel Gama.
Iniciou o cavaleiro Paulo D`Azambuja, um pouco nervoso e inseguro. Os nervos e responsabilidade de quem se apresenta no Campo Pequeno, inseguro pela sua parca experiencia. Terminou com dois curtos que ficaram registados e de muito agrado do público. O novilho que lhe calhou em sorte cresceu no decorrer da lide. Optou o cavaleiro por não dar a volta no final.
Apresentou-se seguidamente o cavaleiro praticante David Gomes, que entrou convicto de queria mostrar e demonstrar a sua evolução. Vimos no David, um cavaleiro mais seguro e a querer imprimir emoção na sua lide. Ganhou a atenção do público que vibrou com a sua lide. Transmitiu a quem o viu, que tem toureado bastante e que quer ser toureiro de alma e coração! Teve um novilho cooperante e que o deixou desenhar a lide a gosto.
O cavaleiro amador “Parreirita Cigano”, prendeu a atenção do público. Sem olvidar a inexperiência e percurso a percorrer, vimos um toureiro , com coração e garra. Sentia-se a impetuosidade com que montava, revelando garra e querer. Foi corajoso e audacioso. Cravou o toiro de forma certeira. Brindou alide a seu pai, que deixou transparecer a emoção própria dum qualquer pai que vê o seu filho julgado por um público por vezes pouco compreensivo para com os mais novos. Acreditamos que o jovem cavaleiro marcou positivamente todos quantos assistiram à novilhada ontem. Deixando transparecer alguma falta de técnica, fruto da inexperiência, marcou a noite pela agradável surpresa e revelação do seu toureio a cavalo.
O Cavaleiro David Gomes, pelas suas apresentações várias e experiencia já merece apresentar-se com outra craveira de cavaleiros, não sendo justo aos demais uma bitola tão alta.“Parreirita Cigano” surpreendeu e de deixou um gosto a rever.
Os Forcados de Arruda dos Vinhos tiveram noite muito bem conseguida. Pegaram Fábio Correia, que só consumou a pega à segunda tentativa, Bruno Silva e Luis Lourenço, estes realizaram a pega à primeira tentativa com vontade e decisão.
A segunda parte do espetáculo foi dedicada ao toureio a pé.
João Martins, da Escola José Falcão de Vila Franca, apresentou-se em primeiro. Coube-lhe a sorte de “prender” o público ao toureio apeado. Mostrou-se desenvolto e á vontade com o capote, bandarilhou bem e muito seguro com a muleta. No modo geral realizou uma boa atuação.
Ruben Correia, da Escola de Toureio e Tauromaquia da Moita, aluno Não brilhou com o capote e não bandarilhou. Andou regular com a muleta, sem se fazer sobressair.
Encerrou a novilhada, Diogo Peseiro, da Academia do Campo Pequeno. Habituado a pisar a praça, entrou com gestos, passos e alma de toureiro. Mesmo antes de iniciar a faena já havia cativado o público. Fez a plateia vibrar e chegar ao êxtase. Arriscou e entregou-se com uma alma toureira! Bandarilhou com arte e atrevimento. Demonstrou em toda a lide a segurança e coração de quem nasce toureiro! Fez render o público de quem arrancou aplausos e mais aplausos.
O curro de novilhos de Paulo Caetano, com muito trapio e raça, nobreza e seriedade.
Um bem-haja a estes jovens e q todos os outros que enobrecem a Festa Brava! Venham mais espetáculos der promoção de novos valores!
Venham mais touradas!
Olé!
José Dias