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Uma noite que podia ter sido memorável, terá até sido, mas pelos piores motivos! 
Provavelmente fui eu que elevei demasiado a fasquia, esperava um curro de toiros imponente ou pelo menos inteiro, para um cartel como o que hoje nos foi apresentado. Também esperava que um veterinário que vai assessorar um diretor de uma corrida de toiros, soubesse como funciona o regulamento taurino, teria ajudado e muito ao espectáculo.

Também não seria pedir muito se o próprio diretor de corrida, tivesse ajudado a festa, quando ela começava a querer correr bem. Mas pronto, vamos achar culpados??? O curro, terá todo ele chegado nas condições que vimos? Terá sido no transporte? Nos curros? Era um curro deficiente onde todos ou pelo menos a maioria dos toiros tinham problema nas patas? Não foi de facto bonito de se ver. Perdeu o espectáculo, perdeu, o público, perdeu a tauromaquia. 

O 3o toiro da corrida (Diego Ventura) ser recolhido a meio de uma lide, quando mesmo os  mais desentendidos, perceberam que o toiro não estava bem, assim que entrou!

O 4o toiro (Rui Fernandes) é mandado recolher após o 3o ferro comprido! Certo será que não haviam dois sobreros, mas isto foi vergonhoso. E o público mostrou o seu descontentamento. 
Vamos focar-nos no que interessa, e no que realmente valeu a pena, a alternativa do columbiano, Jacobo Botero, e a noite foi sem dúvida dele. Recebeu o seu primeiro (bem apresentado) com sorte de gaiola, e esteve francamente bem, nervoso, como se entende, errando uma coisinha aqui outra ali, mas no geral esteve bem. Teve também alguma sorte em ambos os toiros que lhe saíram. O segundo até nem era tão bom como o primeiro, também fraquejava das pernas, mas, dado o que já tínhamos visto, foi um toiraço.

Bem Jacobo, muita sorte e muitas lides como as de hoje. Volta emocionada e merecida à arena com a bandeira colombiana e portuguesa ao pescoço. 
Rui Fernandes, entrou bem, cumpriu a ferragem da ordem, teve até direito a música, mas ficou muito por dar ao público, guardado quiçá para o quarto da noite, seu segundo, que "não chegou para as encomendas". Rui está cheio de ganas e anda muito bem, inspirado e a gosto.
Esta rês, viria com "deficiência" na pata traseira esquerda, sendo recolhido após a cravagem do terceiro ferro comprido. 
O tão esperado Diego ventura, não teve sorte nenhuma no toiro que lhe calhou, que estava magoado na pata esquerda traseira, porem, o facto  da praça estar tão cheia deve ter tirado alguma visibilidade ao sr. Dr. veterinário, pois o Dr. só percebeu isto, íamos a meio da lide do Regoneador. Resultado, toiro já  lidado, é recolhido. 
Bom, ainda nos faltava ver o seu segundo, mas também este muito apagado, foi abrindo durante lide, e também Diego se foi entregando desta forma, mas o sr. diretor não esteve com certeza, concentrado na corrida, devia estar encantado com lide que até se esqueceu do lenço branco. Uma música que não chegou e mais um ferro negado quando depois de dois toiros recolhidos na hora indevida e por incompetência. 
Estava eu e o publico também, sequiosos por Diego! Eis que a empresa resolve (e bem) tentar salvar a noite com uma lide a duo com o toiro sobrero e os cavaleiros lesados pela incompetência dos "inteligentes". 
Essa sim, uma lide que foi crescendo, bem como a entrega dos cavaleiros, resultou bem e animou os demais. Uma lide bem conseguida, como se de uma dança ensaiada se tratasse. Bem Rui Fernandes, mas era na actuação de Diego que o público mais vibrava. Deram merecida e aplaudida volta a arena, fazendo momentaneamente esquecer o sucedido. 
Forcadagem: 
Dois bons grupos de forcados numa competição saudável, Amadores de Alcochete (capitaneados por Vasco Pinto) pegaram - Vasco Pinto à 1a tentativa e Fernando Quintela  ao primeiro intento.  E pelo Aposento da Chamusca (capitaneados por Pedro Reis)  pegou Francisco Souto Barreiros à segunda tentativa e Francisco Montoya á primeira tentativa. A última pega da noite pertenceu aos Amadores de Alcochete que num bonito gesto de Vasco Pinto, foi pegado a meias, pelos dois grupos. Os Amadores de Alcochete convidaram quatro elementos do grupo de Pedro Reis, deu cara  Joaquim Quintela à segunda tentativa.

 

José Dias

CRÓNICA

GALERIA E CRÓNICA DA CORRIDA DA REVISTA FLASH NO CAMPO PEQUENO

5 DE JUNHO 2014
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