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Tarde fria no Sobral de Monte Agraço e pouco emotiva!

 

Ao celebra-se o centenário das Festas do Sobral de Monte Agraço realizou-se uma corrida de touros cujo cartel prometia. Estavam anunciados os  três cavaleiros, Luís Rouxinol, Filipe Gonçalves e João Maria Branco.

À tradicional e velhinha praça muito acolhedora, com "alma" de gente aficionada e cheia de esperança de passar uma tarde emotiva,  acorreu  a população em massa, preenchendo assim praticamente todos os lugares das bancadas.

 

A ganadaria anunciada do Engº Jorge de Carvalho também prometia, mas veio a desanimar. Os Toiros tinham boa apresentação mas de bravura só mesmo no momento de saída dos curros o que tornou a tarde/noite pouco animadora.

 

Luís Rouxinol levou tempo ao compreender o seu oponente não conseguindo atingir os níveis a que nos vem habituando ao longo de temporadas.

Apresentou-se como é sua caraterística humilde mas com ganas de triunfar. Teve uma atuação esforçada e em crescendo apesar dum oponente reservado. No segundo toiro arriscou mais perante um oponente também reservado e distraído, pisando-lhe os terrenos e, com o decorrer da lide, foi criando algum ambiente nas bancadas, principalmente na cravagem do seu segundo curto e no final com um belo par de bandarilhas.

 

Filipe Gonçalves, o furacão algarvio, veio à praça para impressionar e mostrar que, com trabalho e inspiração, se consegue chegar longe. Filipe como o cavaleiro anterior teve um oponente reservado e, quando menos se esperava "acordava" e dessa forma traíu o cavaleiro dando-lhe um toque na sua segunda montada, todavia Filipe Gonçalves não se deixou intimidar levando a "bom porto" a sua lide, cravando um terceiro ferro curto de nota alta e fechando com dois bonitos violinos que deram ânimo a um público que gelava nas bancadas com o cair da noite.

Na segunda atuação, o cavaleiro algarvio ainda com as memórias da noite anterior na Nazaré, entrou com ganas e isso foi notório logo na primeira cravagem. Esteve muito bem, a lide foi limpa terminado-a de forma emotiva, cravando um par de bandarilhas seguido de um palmo recebendo a maior ovação da tarde/noite do Sobral.

 

João Maria Branco, o mais jovem entre os profissionais em praça foi o menos sortudo com os toiros que lhe coube lidar. O primeiro muito reservado, o segundo manso que das tábuas não saía. Nesta corrida direi mesmo que foi o "azarado", que com muito esforço,suor e muito trabalho bem como dos os seus belíssimos cavalos conseguiu, de certa forma, ver reconhecido o seu mérito pois com touros assim até os mais experientes não conseguem brilhar.

 

Falando em forcadagem preenchiam cartel os Forcados Amadores de Vila Franca e Amadores da Chamusca.

Se os touros não facilitaram e colaboraram nas lides aos toureiros nas pegas também dificultaram.

A primeira, terceira e quinta pega pertenceram ao grupo de Vila Franca. A primeira, após muita dificuldade em formar foi concretizada ao primeiro intento por João Matos, a terceira foi consumada ao primeiro intento por António Faria que substituíu Francisco Faria (lesionado após duas tentativas), a quinta já consumada ao primeiro intento por Nuno Vassalo que praticamente fez a "viagem" sozinho na córnea do touro. Boa pega esta!

A segunda,quarta e sexta pega pertenceu ao grupo da Chamusca que teve dura missão com os touros que lhes couberam. Mesmo assim Mário Duarte concretizou a sua pega ao primeiro intento, Diogo Cruz também ao primeiro intento, com muita decisão Igor Rabita pega ao segundo intento.

A dirigir  esteve presente o Sr. Diretor Lourenço Luzio.

 

Maria Domingos

CRÓNICA DA CORRIDA DO SOBRAL DE MONTE AGRAÇO

GALERIA DA CORRIDA DO SOBRAL DE MONTE AGRAÇO

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