A frase afixada " Montemor é praça cheia!", falando duma terra de gente aficionada e com grande tradição na luta pela festa brava aplicou-se na perfeição há tarde do passado dia 1 de setembro.
A casa estava lotada, nem uma tarde abrasadora demoveu os aficionados que em massa e sentimento à flor da pele encheu a tradicional e velhinha praça,afim de homenagear e reconhecer todo o mérito do precocemente "desaparecimento físico" - de JOSÉ MARIA CORTES, mas só mesmo fisicamente não estará entre nós, pois todos os que o recordam o tornam imortal e ele merece sem dúvida alguma pois deu muito de si e do seu tempo à festa brava e aos aficionados.
A corrida inicia-se á hora prevista dirigida pelo Sr. Diretor Agostinho Borges.
A ganadaria presente foi Cunhal Patrício Herds de realçar o fator apresentação.
O cartel anunciava seis cavaleiros Luís Rouxinol, Francisco Cortes, Vítor Ribeiro, António Brito Paes, João Moura Caetano e o praticante Manuel Vacas de Carvalho.
A ordem sofreu alteração pois o primeiro touro que coube ao cavaleiro Luís Rouxinol lesionou uma pata à saída vendo o cavaleiro passar a sua atuação para o final da corrida.Avançando assim Francisco Cortes, o touro inicialmente mostrou-se pouco colaborante mas a lide foi crescendo e o animal mostrou a sua raça.A lide foi crescente e limpa, fechando com um palmo de boa nota.
Vítor Ribeiro que desde cedo tem uma boa compreensão com o touro que lhe coube consegue uma lide sem repreensões, limpa, bonita bem "desenhada", e muito aplaudida.
António Brito Paes desenvolveu uma lide esforçada pisando os terrenos do oponente e mostrando que até dos touros difíceis e reservados se consegue algum triunfo, há a destacar o segundo e o terceiro curtos.
João Moura Caetano não se deixou intimidar pelo oponente mesmo este mostrando a raça. O cavaleiro andou de forma correta criando algum entusiasmo nas bancadas.
A "jogar" em casa esteve o cavaleiro praticante Manuel Vacas de Carvalho, esta jovem promessa arrisca muito, pisando os terrenos do oponente, conseguindo "levar a água ao seu moinho", mostrou o seu desempenho, crescimento e árduo trabalho desenrolando assim uma lide com brilhantismo.
Para fechar a classe dos cavaleiros volta á arena Luís Rouxinol e como não é de estranhar esteve de forma irrepreensível, fechando a sua atuação com um belo par de bandarilhas.
Quanto á forcadagem, Homens, Nobres e Valentes e porque o dia era de emoções várias, digamos que não estiveram brilhantes nas várias pegas embora só uma não tenha sido consumada ao primeiro intento, mas o GFA Montemor têm muita experiência e o que esteve mal serve para melhorar nas próximas e ainda sendo ontem um dia tão díficil tudo se perdoa.
Força para todos vós e como disse o forcado Francisco Borges ao brindar a sua pega ao atual Cabo António Vacas de Carvalho " não se esqueçam que terão sempre a mão Amiga do Zé Maria! -e eu atrevo-me a acrescentar e a mão do Zé Maria também a puxar orelhas porque muitas vezes é necessário, ele estará sempre por perto!
Maria Domingos