top of page

NOITE SEM GRANDE HISTÓRIA

 

Saíu vencedor o toureio apeado, perante um quarto de casa forte de um público em que se destacavam muitos açoreanos que vieram ao Campo Pequeno apoiar o seu grupo de forcados, a Tertúlia Tauromáquica Terceirense.

O primeiro toiro foi lidado a duo e a contento e com algumas picardias entre os toureiros, que faziam antever duas lides em solitário em clima de competição. Os toiros lidados a solo, mansos impossíveis , não deram, porém, a mínima hipótese aos cavaleiros, embora estes se tenham esforçado. Mas a noite não era deles. Ficou assim frustrado o mano a mano que se desejava de êxito.

A franja do público que acompanhou os forcados também não saíu a contento. O grupo esteve em noite não, pese embora os toiros não lhe tenham facilitado a vida. As pegas da noite foram consumadas por Álvaro Dentinho, à quarta tentativa, por Tomás Ortins, à primeira e por Jorge Santos, ao quarto intento, que dobrou Carlos Viegas.

António Ferrera veio a Lisboa mostrar porque é que é uma primeira figura em Espanha. A faena do seu segundo toiro foi superior, deixando constância da maturidade deste toureiro, que mantém o seu corte de tremendista. Já nas bandarilhas, não foi aquilo a que Ferrera nos habituou, com alguns pares de bandarilhas à cara passada. Deu duas aclamadas voltas à arena.

Manuel Dias Gomes veio disposto a tudo. Foi esperar o seu primeiro à porta gaiola, sendo agarrado de má maneira, levando feias voltaretas. Combalido, não desarmou! Esteve valente, mas a faena ressentiu-se do seu estado físico. No seu segundo toiro, lanceou à verónica com estilo e ligou uma faena à base de derechazos e naturais. Foi também muito aplaudido na triunfal volta à arena. Destaque para Cláudio Miguel, que esteve enorme nas bandarilhas.

Ficámos sem perceber o porquê da tentativa frustrada de levar em ombros os toureiros, que dignamente se recusaram. Para eles o nosso OLÉ!

 

Dirigiu a corrida o Sr. Manuel Gama.

 

PPF

bottom of page